terça-feira, 29 de março de 2016

Vitória de Guerreiro....de Rúbem Gerreiro!

A 55ª edição do GP Palio del Recioto (1.2U) percorreu 143,2 km com partida e chegada a Negrar. No pelotão de 192 corredores, dois jovens talentos lusos viveram um desfecho diferente. Rúben Guerreiro (Axeon-Hagens Berman) triunfou na linha de meta, enquanto o campeão nacional sub-23 Nuno Bico (Klein Constantia) abandonou a prova, devido a gastroenterite.

Cedo um numeroso grupo de 14 corredores tomou a frente de corrida para formar aquela que seria a fuga do dia. Com 11 km percorridos seguiam na frente Rúben Guerreiro e Krists Neilands (Axeon-Hagens Berman), Michal Schlegel (Klein Constantia), Antonio Soto (Aldro Team), Pascal Eenkhoorn (BMC Development Team), Jalel Duranti (GSC Viris), Aleksandr Riabushenko (Palazzago Amaru), Jacopo Billi (ASD General Store), Harm Vanhouckle (Lotto Soudal), Anton Kuzmin (Astana), Simone Guizzetti (Named Sport-Kemo), Andrea Montagnoli (Hoppla Petroli Firenze), Nikolay Cherkasov e Evgenii Koberniak (Russia).

Ao km 73, os 14 aventureiros viram chegar à sua companhia o duo Alessandro Bresciani (Gallina Colosio) e Stefan De Bod (Dimension Data for Qhubeka), mas não por muito tempo. À medida que os quilómetros passaram, a fuga foi perdendo elementos e com 100 km cumpridos resistiam na frente o português Rúben Guerreiro, o checo Michal Schlegel e o sul-africano Stefan De Bod, que perdeu o contacto em seguida, devido a queda.

Lutando pelo êxito da longa fuga em solo italiano, Guerreiro e Schlegel mantiveram a sintonia até à entrada nos derradeiros 3 km. O checo aumentou o ritmo e logo em seguida a rádio volta informou que o português sofria um furo, parecendo tudo perdido para o jovem da equipa Axeon-Hagens Berman. Contudo, numa poderosa recuperação, Rúben Guerreiro não só chegou novamente à companhia de Michal Schlegel como o superou nos metros finais, reivindicando para si a vitória do GP Palio del Recioto.

Semana negra para o ciclismo...

Antoine Demoitié, ciclista de 25 anos da Wanty-Groupe, faleceu na madrugada desta segunda-feira após cair e ser atropelado por uma mota da organização, na clássica Gent-Wevelgem. Este é, até agora, o acidente mais grave, num ano em que os primeiros três meses não têm sido favoráveis ao ciclismo em termos de acidentes.

O ciclista belga ainda foi internado nos cuidados intensivos de Lille, mas Demoitié viria mesmo a falecer das lesões causadas pela queda, a 115 quilómetros da meta, e pelo atropelamento.

Alberto Contador já veio a público, após o acidente de Demoitié, pedir mais segurança para os ciclistas "já", dado o número de acidentes que já aconteceram em 2016.

Numa lista feita pelo jornal As, é fácil perceber porque motivo 2016 não está a ser simpático para os ciclistas...

A 22 de Janeiro, Adriano Malori, da Movistar, sofreu uma queda grave no Tour San Luis, na Argentina, permaneceu algum tempo em coma induzido e ainda recupera de um forte traumatismo cranioencefálico.

Apenas um dia depois, seis ciclistas da Giant-Alpecin foram atropelados quando realizavam a pré-época em Alicante. John Degenkolb, sprinter alemão e um dos corredores acidentados, espera voltar às estradas em Maio.

Em Fevereiro, na Volta ao Algarve, Jonathan Castroviejo caiu devido a um espectador, sofrendo graves lesões e encontrando-se ainda em processo de recuperação. A dia 28 do mesmo mês, o belga Stig Broeckx também foi atropelado por uma mota na prova Kuurne-Bruxelas-Kuurne.

No Grande Prémio de Lugan, Arnold Fiek sofreu uma arrepiante queda de 12 metros. O ciclista alemão da Christina Jewelry acabou por sozinho da água e esperar pela equipa médica. Recupera ainda de uma fractura na pélvis.

O último Paris-Nice também não fugiu a má tendência dos últimos meses. Pierre-Luc Pericho embateu num espectador e fracturou uma clavícula, enquanto Daniil Fominykh fracturou duas vértebras após cair para um desnível considerável.

sábado, 26 de março de 2016

David de la Fuente foi o melhor em março

O espanhol David de la Fuente (Sporting-Tavira) é o corredor mais pontuado no Ranking Ciclista do Ano, depois de disputadas todas as provas de março, substituindo Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) no topo da tabela. 

A combatividade e a regularidade valeram a David de la Fuente a liderança do ranking, após um mês em que correu todas as provas do calendário, ficando sempre entre os melhores. O espanhol foi segundo na Clássica de Amarante, nono na Clássica Primavera, décimo no Grande Prémio Liberty Seguros e terceiro na Volta ao Alentejo. 

David de la Fuente soma 189 pontos, mais 40 do que o compatriota e colega de equipa Jesús Ezquerra, segundo classificado. Num pódio totalmente composto por espanhóis, o terceiro é Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), com 130 pontos. 

É preciso chegar ao quarto posto para encontrar o melhor português, Rafael Silva (Efapel), com 125 pontos. Segue-se o único corredor das equipas nacionais que já sabe o que é ganhar em 2016, Rafael Reis (W52-FC Porto), vencedor da Clássica de Amarante, com 98. Amaro Antunes, que comandava no mês passado, não somou qualquer ponto em março, descendo para o sétimo lugar. 

O Sporting-Tavira também lidera coletivamente, graças aos 338 pontos já colecionados pelos seus ciclistas, deixando a segunda equipa mais pontuada, a W52-FC Porto, a 109 pontos de diferença. Segue-se o Louletano-Hospital de Loulé, a 157 pontos do comando. 

O Ranking Ciclista do Ano é elaborado pela Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais sob a égide da Federação Portuguesa de Ciclismo. 

Ranking Ciclista do Ano:

1.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), 189 pontos 
2.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), 149 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), 130 
4.º Rafael Silva (Efapel), 125 
5.º Rafael Reis (W52-FC Porto), 98 
6.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), 91 
7.º Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte), 80 
8.º Tiago Machado (Katusha), 70 
9.º Nelson Oliveira (Movistar), 50 
10.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), 42 

Equipa do Ano:

1.ª Sporting-Tavira, 338 pontos 
2.ª W52-FC Porto, 229 
3.ª Louletano-Hospital de Loulé, 181 
4.ª Efapel, 125 
5.ª LA Alumínios-Antarte, 85

domingo, 20 de março de 2016

E a tradição voltou a cumprir-se...

A Klein Constantia, equipa satélite da Etixx-QuickStep, fechou a Volta ao Alentejo com chave de ouro, vencendo, hoje, a última etapa, por intermédio do francês Remi Cavagna, e a geral individual, através do espanhol Enric Mas. 

Pensava-se que a Volta ao Alentejo acabaria por decidir-se nas bonificações, mas o desfecho foi ainda mais apertado, no final dos 172,3 quilómetros que hoje ligaram Santiago do Cacém e Évora. Foi necessário recorrer ao desempate por pontos, uma vez que as bonificações empataram Enric Mas e Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus). 

Contas feitas, Enric Mas sagrou-se o 34.º vencedor da Volta ao Alentejo, com menos 3 pontos do que o anterior comandante, Krister Hagen, ambos com o mesmo tempo. David de la Fuente (Sporting-Tavira) foi o terceiro, a 9 segundos. 

A etapa até começou por correr de feição para os interesses da Team Coop-Oster Hus, dado que um grupo de sete corredores, sem importância para a geral, adiantou-se. Dos sete resistiram três em homens em cabeça de corrida, mas foram alcançados antes da meta volante de Arraiolos, onde Mas bonificou dois segundos e Hagem apenas um. Consumou-se ali o empate em tempo. 

Após a meta volante, deu-se nova escapada, jogada de mestre da Klein Constantia, que, levando a fuga até ao fim, diminuía as possibilidades de Hagen recuperar a vantagem nas bonificações de chegada. 

Tudo correu bem à equipa sediada na República Checa. Remi Cavagna triunfou no empedrado húmido de Évora e o colega de equipa Maximilian Schachmann foi segundo, a 2 segundos. Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 3 segundos, fechou o pódio de uma jornada que encerrava de forma acidentada, com quedas na aproximação à meta, que provocaram vários cortes no pelotão. 

Além da geral individual, Enric Mas também venceu por pontos e foi o melhor jovem. Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) acabou coroado rei dos trepadores e a Axeon-Hagens Berman, impôs-se por equipas.



Classificações:
5.ª Etapa: Santiago do Cacém - Évora, 172,3 km

1.º Remi Cavagna (Klein Constantia), 3h56m51s (Média: 43,648 km/h) 
2.º Maximilian Schachamann (Klein Constantia), a 2s 
3.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 3s 
4.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus),mt 
5.º Enric Mas (Klein Constantia), mt 
6.º Pierrick Naud (Rally Cycling), mt 
7.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), m 
8.º Tyler Williams (Axeon-Hagens Berman), mt 
9.º Rafael Reis (W52-FC Porto), a 10s 
10.º Luís Mendonça (Sicasal/Constantinos/UDO), mt 

Geral Individual:

1.º Enric Mas (Klein Constantia), 21h54m49s 
2.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), mt 
3.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), a 9s 
4.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 11s 
5.º Rafael Silva (Efapel), a 15s 
6.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), a 18s 
7.º Nuno Bico (Klein Constantia), mt 
8.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
9.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 20s 
10.º Rafael Reis (W52-FC Porto), a 24s

quinta-feira, 17 de março de 2016

Enric Mas assalta liderança no castelo de Montemor

O espanhol Enric Mas (Klein Constantia) venceu hoje a segunda etapa da Volta ao Alentejo, uma extensa ligação de 206,2 quilómetros, entre Monforte e o castelo de Montemor-o-Novo, e é o nov líder da competição. 

O corredor da equipa satélite da Etixx-QuicStep destacou-se na dura rampa em empedrado para a meta, coincidente com um prémio de montanha de quarta categoria, e terminou a etapa com 2 segundos de vantagem sobre o basco Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias) e com 4 segundos sobre o jovem luso Rui Oliveira (LIberty Seguros/Carglass), segundo e terceiro, respetivamente. 

O basco Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) tentou defender a camisola amarela, bonificando 4 segundos em duas metas volantes da tirada. Esse esforço não foi suficiente, acabando por ceder o símbolo de liderança a Enric Mas, embora com o mesmo tempo. Quem também bonificou nos sprints intermédios - seis segundos - foi o norueguês Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), que segurou o terceiro posto, a 3 segundos do novo comandante. 

Eddie Dunbar (Axeon-Hagens Berman) foi o maior animador da viagem. Abalou à aventura com cerca de 70 quilómetros percorridos e manteve-se sozinho, pedalando na planície, durante peto de 80 quilómetros, até ser absorvido pelo pelotão, comandado pelo Sporting-Tavira, com a meta ainda 60 mil metros de distância. 

O trabalho das equipas portuguesas durante a etapa foi aproveitado pelos conjuntos forasteiros, mais capazes na fase final da jornada. A Klein Constantia foi a equipa que mais lucrou, passando a liderar individual e coletivamente, além de ter Enric Mas no comando dos pontos e da juventude. Sobra a classificação da montanha para Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte). 

A terceira etapa vai ligar, nesta sexta-feira, Portel a Beja, num traçado típico do Alentejo: 186,6 quilómetros sem qualquer contagem de montanha. A partida será dada às 11h20 e a chegada está prevista para pouco antes das 16h00. 

Classificações:
 
2.ª Etapa: Monforte - Montemor-o-Novo, 206,2 km
 
1.º Enric Mas (Klein Constantia), 5h06m15s 
2.º Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias), a 2s 
3.º Rui Oliveira (Liberty Seguros/Carglass), a 4s 
4.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), mt 
5.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hust), mt 
6.º Rafael Reis (W52-FC Porto), mt 
7.º Rafael Silva (Efapel), mt 
8.º Logan Owen (Axeon-Hagens Berman), mt 
9.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 
10.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 

Geral Individual: 
1.º Enric Mas (Klein Constantia), 9h01m32s 
2.º Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias), mt 
3.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), a 3s 
4.º Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias), a 6s 
5.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), a 8s 
6.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 10s 
7.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), a 14s 
8.º Rafael Silva (Efapel), mt 
9.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), mt 
10.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt

Imanol Estévez é o primeiro líder no Alentejo

O basco Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) venceu hoje, em Castelo de Vide, a primeira etapa da Volta ao Alentejo, depois de percorridos 158 quilómetros, desde Portalegre. 

O melhor jovem do Grande Prémio Liberty Seguros aproveitou o facto de grande parte dos homens mais rápidos ter ficado para trás nas quatro montanhas da tirada para superiorizar-se ao minipelotão que discutiu as primeiras posições. O pódio do dia ficou completo com dois homens do Sporting-Tavira, David de la Fuente e Jesús Ezquerra, segundo e terceiro, respetivamente. 

Na geral, Imanol Estévez tem 4 segundos de vantagem sobre David de la Fuente e 5 segundos de margem sobre Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), que lhe sucedem na tabela. 

"Foi uma etapa muito dura, sobretudo após a subida logo à saída de Portalegre [Cabeço de Mouro]. O pelotão ficou reduzido a cerca de 50 homens. Sabíamos que neste grupo restrito, poderíamos aproveitar os topos finais para vencer. A equipa trabalhou para isso e eu ganhei. Vínhamos com intenção de conquistar uma etapa, mas agora tentaremos defender a camisola amarela", promete Imanol Estévez. 

Os primeiros 100 quilómetros, planos, foram animados por uma fuga de quatro elementos: Ivo Oliveira (Liberty Seguros/Carglass), Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), Remi Cavagna (Klein Constantia) e Alexander Vdovin (Lokosphinkx). O russo resistiu cerca de 30 quilómetros em cabeça de corrida e os restantes escapados aguentaram até à entrada na zona montanhosa da viagem. 

O algarvio Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) desferiu um poderoso ataque na subida mais dura, em Cabeço de Mouro, acabando a pedalar em solitário e a vencer as três primeiras contagens de montanha da competição. Acabaria, no entanto, por sucumbir à perseguição movida pela W52-FC Porto. A iniciativa de Antunes abortaria a cerca de 25 quilómetros da chegada. 

A fuga valeu a Amaro Antunes a liderança na classificação da montanha. Imanol Estévez é o primeiro por pontos, Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman) é o melhor jovem e o Sporting-Tavira comanda coletivamente. 

A segunda etapa, a mais extensa da prova, corre-se nesta quinta-feira, numa ligação 206,2 quilómetros, entre Monforte e Montemor-o-Novo, com a meta, no castelo, a coincidir com uma contagem de montanha de quarta categoria.

terça-feira, 15 de março de 2016

Começa já amanhã mais uma edição da alentejana...


Um pelotão de 175 ciclistas vai disputar a 34.ª Volta ao Alentejo em bicicleta, entre 16 e 20 de março, com início em Portalegre e chegada a Évora, num total de mais de 900 quilómetros.

Entre as equipas participantes estão 12 portuguesas e 10 estrangeiras, em representação de oito países (Portugal, Suécia, Estados Unidos, Holanda, Noruega, Espanha, República Checa e Rússia), num total de 175 corredores.

O pelotão luso conta com as equipas profissionais do Sporting-Tavira e W52-FC Porto, que regressaram recentemente à estrada, bem como com a LA -Antarte, Rádio Popular-Boavista, Louletano-Hospital de Loulé e Efapel, às quais se vão juntar seis equipas sub-23.

Do estrangeiro, vêm as equipas da Bliz-Merida (Suécia), Rally Cycling, USA Cycling e Axeon-Hagens Berman (Estados Unidos), Euskadi Basque-Murias (Espanha), Lokosphinx (Rússia), Metec TKH Continental (Holanda), Team COOP-Oster HUS (Noruega), TeamFixit. No (Noruega) e Klein Constantia (República Checa).

Com um total de cinco etapas e 907 quilómetros, a 'Alentejana' arranca já amanhã, com a ligação entre Portalegre e Castelo de Vide, num total 158 quilómetros, nos quais estão previstos quatro prémios de montanha.

A segunda etapa, a mais longa da prova, parte de Monforte para 206 quilómetros até Montemor-o-Novo, seguindo-se, no terceiro dia de competição, a ligação entre Portel e Beja, num percurso de 186 quilómetros.

No quarto e penúltimo dia de prova, os ciclistas vão começar em Aljustrel e ter como 'pano de fundo' o litoral alentejano, com a chegada a acontecer em Grândola, ao fim de 184 quilómetros.

A derradeira etapa da Volta ao Alentejo em bicicleta, num percurso de 172 quilómetros, parte de Santiago do Cacém e termina em Évora, onde a meta vai estar instalada na Praça do Giraldo, considerada a sala de visitas da cidade.

Nas 33 edições da 'Alentejana', nunca nenhum ciclista conseguiu vencer a prova por duas vezes.

Etapas:

16 de março, 1.ª etapa: Portalegre - Castelo de Vide, 158 km.

17 de março, 2.ª etapa: Monforte - Montemor-o-Novo, 206,2 km.

18 de março, 3.ª etapa: Portel - Beja, 186,6 km.

19 de março, 4.ª etapa: Aljustrel - Grândola, 184,7 km.

20 de março, 5.ª etapa: Santiago do Cacém - Évora, 172,3 km.

Edição 2015:

1. BERNAS Pawel 18:31:53
2. FERNANDEZ CRUZ Delio 00:00:07
3. ORAM James 00:00:07
4. CALDEIRA Samuel José Rodrigues 00:00:10
5. CARDOSO Manuel Antonio Leal 00:00:12
6. SOUSA Sergio Ferreira 00:00:13
7. GALLEGO RUIZ Alberto 00:00:17
8. GMELICH MEIJLING Jarno 00:00:17
9. EISING Tijmen 00:00:20
10. GONZALEZ SALAS Mario 00:00:21


Ligações:


segunda-feira, 14 de março de 2016

Jensen coroado em etapa ganha por Routley

O norueguês August Jensen (Team Coop-Oster Hus) conquistou hoje o 8.º Grande Prémio Liberty Seguros, que terminou, em Lagoa, com vitória do canadense Will Routley (Rally Cycling) na segunda e última etapa. 

Os derradeiros 186,6 quilómetros da prova, que celebraram Lagoa Cidade do Vinho 2016 com a partida e a chegada da etapa a acontecerem naquela cidade algarvia, foram disputados a alta velocidade – média de 41,119 km/h – e com grande intensidade competitiva. 

August Jensen garantiu a Camisola Amarela Liberty Seguros graças aos 3 segundos de bonificação que amealhou nas metas volantes da tirada. Foi essa a diferença que o separou do segundo classificado na geral, Will Routley. O terceiro na geral foi o espanhol Vicente Garcia de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), melhor corredor das equipas portuguesas, a 5 segundos. 

"Foi uma corrida muito dura. Fiquei apenas com um colega de equipa para os últimos 100 quilómetros. Tivemos de trabalhar muito para manter tudo junto no grupo da frente. Na chegada só tive de garantir que não perdia tempo. Acabo esta prova muito satisfeito por ganhar a classificação geral", afirmou Jensen, antes da coroação no pódio. 

Will Routley teve de contentar-se com o triunfo na etapa, diante de Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) e de Vicente García de Mateos, segundo e terceiro na jornada. "A equipa fez o reconhecimento dos últimos 25 quilómetros desta etapa e eu sabia que atacar no último topo poderia dar-me a vitória. Acabei por ser apanhado e pensei que já não teria hipóteses no sprint. No entanto, ao fim de duas etapas muito duras, estavam todos cansados e ainda conseguir vencer. A época passada não correu como eu queria. Fiz um 'reset' no defeso e é sempre bom começar com esta vitória o novo ano", avança o ciclista oriundo do Canadá. 

O espanhol David de la Fuente (Sporting-Tavira) terminou o Grande Prémio Liberty Seguros como rei da montanha, sendo um incontestável dono da Camisola Azul Água Hotels, já que ganhou três das quatro contagens de montanha da corrida. Vicente García de Mateos, terceiro classificado em ambas as etapas, leva para casa a Camisola Lilás Lagoa Cidade do Vinho, de melhor homem na tabela dos pontos. 

O basco Imano Estévez conquistou a Camisola Branca Turismo do Algarve, de melhor jovem, mercê do segundo lugar na etapa deste domingo e da desistência, por sintomas gripais, do anterior líder da juventude, Rúben Guerreiro. O Sporting-Tavira ganhou por equipas. 

Classificações:

2.ª Etapa: Lagoa Cidade do Vinho 
Lagoa - Lagoa, 186,6 km 
1.º Will Routley (Rally Cycling), 4h32m1s 
2.º Imanol Estévez (Esukadi Basque Country-Murias), mt 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), mt 
4.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 
5.º Pierre Moncorgé (Bliz-Merida), mt 
6.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 
7.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt 
8.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
9.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), mt 
10.º Enric Mas (Klein Constantia), mt 

Geral Individual Final:

1.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), 7h32m37s 
2.º Will Routley (Rally Cycling), a 3s 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 5s 
4.º Pierre Moncorgé (Bliz-Merida), a 7s 
5.º Imanol Estévez (Esukadi Basque Country-Murias), mt 
6.º Jerôme Mainard (Armée de Terre), a 10s 
7.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 11s 
8.º Tyler Williams (Axeon-Hagens Berman), a 12s 
9.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 13s 
10.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt

sexta-feira, 11 de março de 2016

8º G.P. Liberty Seguros - Troféu Alpendre

O Grande Prémio Liberty Seguros, pontuável para o Ranking Mundial – nova classificação que agrega todas as provas internacionais de estrada – vai contar com 23 equipas e cerca de 180 corredores, oriundos de 20 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Letónia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal e Suécia. 

Os participantes vão disputar duas etapas, num total de 337,9 quilómetros.

 
A primeira tirada é a 26.ª Clássica do Restaurante Alpendre e será disputada, ao longo de 151,6 quilómetros, no sotavento algarvio. A partida (13h00) e a chegada (16h30) estão marcadas para a Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela, no sábado. 




A segunda jornada leva o pelotão ao barlavento, no domingo, para um esforço de 186,6 quilómetros, com partida no Auditório Municipal de Lagoa (10h50) e final na Câmara Municipal do mesmo concelho (15h30), comemorando a iniciativa Lagoa Cidade do Vinho 2016.


Classificação 2015:

1. GUERREIRO Ruben 09:35:39
2. BERNAS Pawel 00:00:03
3. JOYCE Colin 00:00:06
4. ORAM James 00:00:08
5. NEILANDS Krists 00:00:12
6. CALDEIRA Samuel José Rodrigues 00:00:13
7. SHILOV Sergey 00:00:16
8. SILVA Rafael 00:00:17
9. FRANCZAK Pawel 00:00:18
10. GARCIA DE MATEOS RUBIO Vicente 00:00:19


quarta-feira, 9 de março de 2016

Regresso da Volta à Alemanha?

A Volta à Alemanha em ciclismo, suspensa desde 2008, vai renascer em 2017 ou 2018 e será organizada pela Amaury Sport Organisation (ASO), que organiza várias provas do calendário velocipédico, incluindo a Volta a França.

Um acordo de cooperação, anunciado hoje pela ASO, foi estabelecido entre a sociedade francesa e a Federação Alemã de Ciclismo, proprietária da prova.

"Graças à dinâmica gerada pela partida da Volta a França de 2017, em Dusseldorf, e aos resultados de uma nova geração de campeões alemães, as condições estão reunidas para que o ciclismo seduza novamente um grande número de alemães", explicou a ASO em comunicado, revelando que o acordo entre as duas partes será por dez anos.

No ano passado, o Tour regressou ao canal público alemão ARD, depois de três anos de ausência.

Em 2012, os dois principais emissores alemães, ARD e ZDF, puseram um ponto final na transmissão televisiva da principal prova velocipédica mundial, depois de vários escândalos de dopagem, nomeadamente o do norte-americano Lance Armstrong, terem 'sacudido' o ciclismo.

"A Alemanha tem a vocação para voltar a ser um país-chave do ciclismo", considerou Christian Prudhomme, o diretor do Tour, em declarações à AFP.

A nova Volta à Alemanha ainda não tem data definida, mas deverá acontecer em maio ou agosto.

Em dezembro, o país tinha ficado sem provas por etapas, devido ao cancelamento da Volta à Baviera.

De acordo com a federação alemã, presidida pelo antigo ministro Rudolf Scharping, mais de 27 milhões de alemães praticam regularmente atividades velocipédicas.

Mais um fim de semana cheio de ciclismo

O programa Cyclin’Portugal continua a atrair ao país praticantes e equipas para estágios e competições. No próximo fim de semana realizam-se mais duas provas, pontuáveis para os rankings internacionais, e que fazem parte do Cyclin’Portugal: no algarve corre-se, nos dias 12 e 13, o Grande Prémio Liberty Seguros.

O Grande Prémio Liberty Seguros, pontuável para o Ranking Mundial – nova classificação que agrega todas as provas internacionais de estrada – vai contar com 23 equipas e cerca de 180 corredores, oriundos de 20 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Letónia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal e Suécia. 

Os participantes vão disputar duas etapas, num total de 337,9 quilómetros. A primeira tirada é a 26.ª Clássica do Restaurante Alpendre e será disputada, ao longo de 151,6 quilómetros, no sotavento algarvio. A partida (13h00) e a chegada (16h30) estão marcadas para a Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela, no sábado. 

A segunda jornada leva o pelotão ao barlavento, no domingo, para um esforço de 186,6 quilómetros, com partida no Auditório Municipal de Lagoa (10h50) e final na Câmara Municipal do mesmo concelho (15h30), comemorando a iniciativa Lagoa Cidade do Vinho 2016.

terça-feira, 8 de março de 2016

Matti Manninen triunfa em solitário

O finlandês Matti Manninen (Bliz-Merida) venceu hoje a 20.ª edição da Clássica Primavera, cortando a meta em solitário, na Avenida dos Banhos, Póvoa de Varzim, depois de percorridos 145,7 quilómetros. 

Matti Manninen, da equipa sueca que estagia em Portugal desde janeiro, surpreendeu o pelotão nacional, atacando no grupo de fugitivos para suceder a Pedro Paulinho como vencedor da clássica poveira. O segundo classificado, a 3m01s, foi mais Sebastian Baylis, da britânica Zappi’s, outra formação em trabalho no Algarve desde o início do ano. O terceiro classificado e primeiro do pelotão, a 3m48s do vencedor, foi o português Rafael Silva (Efapel), que ainda celebrou, pensando ser o vencedor da prova. 

“A fuga não estava a funcionar muito bem, os outros corredores pareciam cansados e eu decidi acelerar. Agora quero estar bem nas próximas corridas que teremos em Portugal, o Grande Prémio Liberty Seguros e a Volta ao Alentejo”, afirmou Matti Manninem, que foi quinto classificado no Europeu de sub-23, em 2014, ano em que se sagrou campeão finlandês de contrarrelógio. 

O segundo lugar valeu a Sebastian Baylis a vitória entre os sub-23, diante de Luís Gomes e de Rui Oliveira, ambos da Liberty Seguros/Carglass. 

Classificação da Clássica Primavera:
 
1.º Matti Manninen (Bliz-Merida), 3h52m07s 
2.º Sebastian Baylis (zappi’s), a 3m01s 
3.º Rafael Silva (Efapel), a 3m48s 
4.º Daniel Freitas (W52-FC Porto), mt 
5.º Luís Mendonça (Sicasal/Constantinos/UDO), mt 
6.º Rafael Reis (W52-FC Porto), mt 
7.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
8.º Luís Gomes (Liberty Seguros/Carglass), mt 
9.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt 
10.º Pedro Paulinho (LA Alumínios-Antarte), mt

quinta-feira, 3 de março de 2016

Amaro Antunes lidera ranking nacional

O desempenho conseguido na Volta ao Algarve, com o décimo lugar final e boas prestações nas duas chegadas em alto, valeu a Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) a liderança do Ranking Ciclista do Ano no final de Fevereiro. 

O corredor algarvio soma 80 pontos, mais dez do que o minhoto Tiago Machado (Katusha), segundo corredor mais pontuado. O terceiro é o campeão nacional de contrarrelógio, Nelson Oliveira (Movistar), que amealhou 50 pontos na Volta ao Algarve. 

A hegemonia das grandes equipas e dos melhores corredores mundiais, levou a que, neste momento, só haja seis ciclistas classificados no Ranking Ciclista do Ano. 

A tabela das melhores equipas é encimada pela LA Alumínios-Antarte, com 80 pontos, que é seguida pela W52-FC Porto, com 3. 

Ranking Ciclista do Ano 

1.º Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte), 80 pontos 
2.º Tiago Machado (Katusha), 70 
3.º Nelson Oliveira (Movistar), 50 
4.º Ricardo Vilela (Caja Rural-Seguros RGA), 15 
5.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), 3 
6.º André Cardoso (Cannondale), 1 

Equipa do Ano 

1.ª LA Alumínios-Antarte, 80 pontos 
2.ª W52-FC Porto, 3

Rui Oliveira supera expectativas com oitavo lugar

Rui Oliveira abriu hoje, ao início da noite, a participação portuguesa no Campeonato do Mundo de Pista, que se disputa em Londres, Inglaterra, com a oitava posição na prova de scratch, um resultado de excelência que supera todas as expectativas. 

Apesar de estar no início da segunda temporada como sub-23, Rui Oliveira bateu-se de igual para igual com os melhores corredores de elite do mundo, ganhando uma volta ao pelotão e cortando a meta no quinto lugar no sprint final. Este desempenho valeu ao gaiense o oitavo lugar, claramente superior ao top 12, definido à partida como objetivo máximo, uma vez que a meta mínima era superar o 16.º posto de há um ano. 

Rui Oliveira esteve muito ativo ao longo da corrida de 15 quilómetros, participando numa primeira fuga, que não teve sucesso. À segunda tentativa conseguiu distanciar-se, com outros seis ciclistas e ganhar uma volta ao pelotão. Não conseguiu, contudo, aproximar-se do pódio, uma vez que seis participantes dobraram o pelotão duas vezes. 

“Não foi fácil ganhar uma volta, mas arrisquei, aproveitando as boas sensações que tive durante a corrida. A dado momento, a meio da prova, perdi um pouco o foco e dispersei-me. Se não fosse isso, nunca se sabe se não conseguiria um resultado ainda melhor. Acabo muito feliz, porque era o mais novo em prova e o oitavo lugar no meu segundo mundial é muito bom”, afirmou Rui Oliveira. 

O mais forte da corrida foi o espanhol Sebastián Mora, campeão europeu em título, que ganhou duas voltas à concorrência e ainda se deu ao luxo de atacar na fase final para cortar a meta destacado de todos os rivais. O segundo classificado foi o mexicano Ignacio Prado, enquanto o suíço Claudio Imhof fechou o pódio. 

“O Rui teve um grande desempenho, sempre atento a todas as movimentações da corrida. Conseguiu dobrar o pelotão e colocar-se em posição de obter um bom resultado. Demonstrou estar ao nível de exigência de uma prova em que todos revelaram grande equilíbrio, exceto o vencedor, que esteve num nível diferente”, considera o selecionador nacional, Gabriel Mendes. 

Portugal volta a estar representado na pista londrina na próxima sexta-feira, cerca das 20h30, quando Ivo Oliveira alinhar na final da corrida por pontos.